Libelinha
Coenagrion mercuriale
(Charpentier, 1840)
Insecta – Odonata (anexo II da Diretiva Habitats)
Distribuição
Europa Ocidental e Norte de África. Em Portugal encontra-se sobretudo no centro e norte litoral. Os distritos do Porto e Viana do Castelo deverão ter os maiores efetivos da espécie.
Habitat
Vive preferencialmente associada a cursos de água permanentes de pequenas dimensões, com corrente moderada, baixa profundidade, com águas límpidas e bem oxigenados, situados em zonas abertas ensolaradas ou em clareiras florestais, com pequenos declives e com vegetação emergente bem desenvolvida, de pequena/média altura ou em canais de rega com características idênticas.
Biologia
Esta libelinha tem um ciclo de vida de dois anos. Os ovos são colocados nos caules da vegetação aquática submersa. As larvas são predadoras e têm uma dieta oportunista, maioritariamente constituída por larvas de moscas e pequenos camarões de água doce. A maioria das larvas cresce entre março e outubro e atinge a fase final no segundo inverno. A emergência ocorre em plantas com caules rígidos junto da água, desde meados de abril até julho. As libelinhas permanecem no local de emergência, alimentando-se na vegetação circundante até estarem sexualmente maduras. Os machos maduros visitam o local de reprodução todos os dias, enquanto as fêmeas fazem-no apenas quando os ovos estão desenvolvidos.
Estatuto de conservação
Classificada pela IUCN como Quase Ameaçada (NT) a nas listas vermelhas da Europa, região mediterrânica e mundial. Em Espanha está classificada como Vulnerável (VU).