Invertebrados

Os organismos invertebrados são a maior componente da biodiversidade em qualquer ecossistema terrestre ou dulçaquícola e desempenham um conjunto de funções vitais para o seu funcionamento. A biodiversidade deste grupo em Portugal Continental está longe de ser conhecida, estimando-se que existam mais de 30 000 espécies. Apesar da rica biodiversidade nacional, que inclui diversas espécies exclusivas (endémicas) e muitas outras de distribuição restrita, o conhecimento do estado de conservação da maioria das espécies de invertebrados permanece ainda muito incipiente. Apresentam-se de seguida as espécies alvo deste projeto, estando assinaladas a vermelho as espécies listadas nos Anexos da Diretiva Habitats que ocorrem em Portugal continental.

Aracnídeos

Classe Arachnida
Os aracnídeos compreendem uma diversidade de seres vivos, tais como os ácaros, as aranhas, os opiliões e os escorpiões. Em Portugal Continental conhecem-se mais de 800 espécies de aranhas, das quais 42 são endemismos. As aranhas são animais predadores com uma ampla distribuição mundial e reconhecem-se informalmente por possuírem quatro pares de patas locomotoras, um abdómen bem distinto de um cefalotórax através de um estreitamento ou pedicélio, e um par de quelíceras que podem inocular veneno. Para a elaboração da primeira Lista Vermelha foram selecionadas todas as espécies endémicas de aranhas de Portugal Continental e uma espécie ibérica, Macrothele calpeiana, a única protegida por lei.

Ordem Araneae | Aranhas

Eratigena barrientosi
(Bolzern, Crespo & Cardoso, 2009)

Eratigena incognita
(Bolzern, Crespo & Cardoso, 2009)

Malthonica oceanica
(Barrientos & Cardoso, 2007)

Dysdera alentejana
(Ferrández, 1996)

Harpactea algarvensis
(Ferrández, 1990)

Harpactea magnibulbi
(Machado & Ferrández, 1991)

Harpactea proxima
(Ferrández, 1990)

Harpactea stalitoides
(Ribera, 1993)

Harpactea subiasi
(Ferrández, 1990)

Adonea algarvensis
(Wunderlich, 2017)

Filistata pygmaea
(Zonstein, Marusik & Grabolle 2018)

Scotophaeus dolanskyi
(Lissner, 2017)

Scotophaeus nanoides
(Wunderlich, 2011)

Trachyzelotes minutus
(Crespo, 2010)

Zelotes fuzeta
(Wunderlich, 2011)

Leptoneta berlandi
(Machado & Ribera, 1986)

Leptoneta conimbricensis
(Machado & Ribera, 1986)

Teloleptoneta synthetica
(Machado, 1951)

Bordea berlandi
(Fage, 1931)

Labulla machadoi
(Hormiga & Scharff, 2005)

Maso douro
(Bosmans & Cardoso, 2010)

Parapelecopsis conimbricensis
(Bosmans & Crespo, 2010)

Trichoncus similipes
(Denis, 1965)

Apostenus crespoi
(Lissner, 2017)

Nemesia bacelarae
(Decae, Cardoso & Selden, 2007)

Nemesia berlandi
(Frade & Bacelar, 1931)

Nemesia fagei
(Frade & Bacelar, 1931)

Domitius lusitanicus
(Fage, 1931)

Pseudomogrus algarvensis
(Logunov & Marusik, 2003)

Ariadna inops
(Wunderlich, 2011)

Lasaeola algarvensis
(Wunderlich, 2011)

Theridion bernardi
(Lecigne, 2017)

Amphiledorus ungoliantae
(Pekár & Cardoso, 2005)

Zodarion alentejanum
(Pekár & Carvalho, 2011)

Zodarion algarvense
(Bosmans, 1994)

Zodarion bacelarae
(Pekár, 2003)

Zodarion bosmansi
(Pekár & Cardoso, 2005)

Zodarion costapratae
(Pekár, 2011)

Zodarion duriense
(Cardoso, 2003)

Zodarion guadianense
(Cardoso, 2003)

Zodarion viduum
(Denis, 1937)

Bivalves

Classe Bivalvia
Os bivalves incluem uma grande diversidade de espécies, sobretudo no meio marinho. Nos ambientes dulçaquícolas apesar de estarem representados por um reduzido número de espécies, estas desempenham papéis ecológicos importantes e vulgarmente encontram-se ameaçadas. Na elaboração da primeira Lista Vermelha foram selecionadas para avaliação seis espécies nativas de bivalves dulçaquícolas conhecidas em Portugal, das quais duas estão protegidas pela Diretiva Habitats.

Ordem Unionoida | Mexilhões de rio

Anodonta anatina
(Linnaeus, 1758)

Anodonta cygnea
(Linnaeus, 1758)

Potomida littoralis
(Cuvier, 1798)

Unio delphinus
(Spengler, 1793)

Unio tumidiformis
(Castro, 1885)

Crustáceos

Subfilo Crustacea
Os crustáceos são um grupo de seres vivos com elevada diversidade, embora a sua relevância nos ecossistemas terrestres seja menor do que nos ambientes marinhos. Apesar de em Portugal Continental se conhecerem muitas espécies de crustáceos terrestres, pertencentes a vários grupos, para o processo de avaliação no âmbito da Lista Vermelha foram apenas selecionadas 19 espécies de copépodes e branquiópodes. Estes são animais de pequena dimensão, dependentes de água doce e alimentam-se de plâncton e de detritos orgânicos.

Classe Branchiopoda | Branquiópodes

Ordem Anomopoda

Daphnia (Ctenodaphnia) hispanica
(Glagolev & Alonso, 1990)

Daphnia (Ctenodaphnia) magna
(Straus, 1820)

Ordem Anostraca

Branchipus cortesi
(Alonso & Jaume, 1991)

Branchipus schaefferi
(Fischer, 1834)

Chirocephalus diaphanus
(Prévost, 1803)

Streptocephalus torvicornis
(Waga, 1842)

Tanymastigites lusitanica
(Machado & Sala, 2013)

Tanymastix stagnalis
(Linnaeus, 1758)

Ordem Notostraca

Lepidurus apus
(Linnaeus, 1758)

Triops baeticus
(Korn, 2010)

Triops cancriformis
(Bosc, 1802)

Triops vicentinus
(Korn, Machado, Cristo & Cancela da Fonseca, 2010)

Ordem Spinicaudata

Cyzicus grubei
(Simon, 1886)

Maghrebestheria maroccana
(Thiéry, 1988)

Classe Hexanauplia | Copépodes

Ordem Calanoida

Diaptomus kenitraensis
(Kiefer, 1926)

Dussartius baeticus
(Dussart, 1967)

Hemidiaptomus (Occidodiaptomus) roubaui
(Richard, 1888)

Mixodiaptomus incrassatus
(G.O. Sars, 1903)

Ordem Cyclopoida

Metacyclops lusitanus
(Lindberg, 1961)

Gastrópodes

Classe Gastropoda
Os gastrópodes, vulgarmente conhecidos por caracóis, lesmas ou semi-lesmas, são um grupo de moluscos importante na maioria dos ecossistemas terrestres. São facilmente reconhecíveis por apresentarem uma cabeça bem definida com tentáculos sensoriais e olhos, um pé ventral e, em algumas espécies, uma concha calcária protetora com diversas formas. Em Portugal Continental conhecem-se aproximadamente 160 espécies, sendo algumas delas relativamente raras. No contexto da elaboração da primeira Lista Vermelha foram selecionadas 55 espécies para integrarem o processo de avaliação do risco de extinção.

Gastrópodes aquáticos | Caracóis aquáticos

Belgrandia alvaroi
(G. Holyoak, D. Holyoak & da Costa Mendes, 2017)

Belgrandia heussi
(Boettger, 1963)

Belgrandia jordaoi
(G. Holyoak, D. Holyoak & da Costa Mendes, 2017)

Belgrandia lusitanica
(Paladilhe, 1866)

Belgrandia silviae
(Rolán & de Oliveira, 2009)

Mercuria edmundi
(Boeters, 1986)

Galba truncatula
(O.F.Müller, 1774)

Stagnicola palustris
(O.F.Müller, 1774)

Ancylus fluviatilis
(O.F.Müller, 1774)

Anisus spirorbis
(Linnaeus, 1758)

Anisus vortex
(Linnaeus, 1758)

Bulinus truncatus contortus
(Michaud, 1839)

Gyraulus albus
(O.F.Müller, 1774)

Gyraulus chinensis
(Dunker, 1848)

Gyraulus crista
(Linnaeus, 1758)

Gyraulus laevis
(Alder, 1838)

Helisoma duryi
(Wetherby, 1879)

Hippeutis complanatus
(Linnaeus, 1758)

Planorbarius carinatus
(O.F.Müller, 1774)

Planorbarius metidjensis
(Forbes, 1838)

Planorbis planorbis
(Linnaeus, 1758

Gastrópodes terrestres | Caracóis e lesmas

Chondrina lusitanica
(L. Pfeiffer, 1848)

Macrogastra ralphii
(Turton, 1826)

Cecilioides barbozae
(Maltzan, 1886)

Cecilioides clessini
(Maltzan, 1886)

Helicigona lapicida
(Linnaeus, 1758)

Monacha cartusiana
(O.F.Müller, 1774)

Helicella cistorum
(Morelet, 1845)

Ponentina curtivaginata
(Holyoak & Holyoak, 2012)

Ponentina excentrica
(Holyoak & Holyoak, 2012)

Ponentina foiaensis
(Holyoak & Holyoak, 2012)

Ponentina grandiducta
(Holyoak & Holyoak, 2012)

Ponentina monoglandulosa
(Holyoak & Holyoak, 2012)

Ponentina octoglandulosa
(Holyoak & Holyoak, 2012)

Ponentina papillosa
(Holyoak & Holyoak, 2012)

Ponentina platylasia
(Castro, 1887)

Ponentina ponentina
(Morelet, 1845)

Ponentina rosai
(Castro, 1887)

Xerocodia codia
(Bourguignat, 1859)

Xeroplexa arrabidensis
(Holyoak & Holyoak, 2014)

Xeroplexa belemensis
(Servain, 1880)

Xeroplexa carrapateirensis
(Holyoak & Holyoak, 2014)

Xeroplexa coudensis
(Holyoak & Holyoak, 2010)

Xeroplexa olisipensis
(Servain, 1880)

Xeroplexa ponsulensis
(Holyoak & Holyoak, 2014)

Xeroplexa scabiosula
(Locard, 1899)

Xeroplexa setubalensis
(L.Pfeiffer, 1850)

Xeroplexa strucki
(Maltzan, 1886)

Xerosecta promissa
(Westerlund, 1893)

Xerosecta reboudiana
(Bourguignat, 1863)

Tudorella sulcata
(Draparnaud, 1801)

Pyramidula jaenensis
(Clessin, 1882)

Succinella oblonga
Draparnaud, 1801)

Gittenbergeria turriplana
(Morelet, 1845)

Insetos

Classe Insecta
Os insetos são o grupo de seres vivos com maior diversidade de espécies em qualquer ecossistema terrestre. Em Portugal Continental deverão existir mais de 20 000 espécies. Os insetos distribuem-se praticamente por todo o mundo, desempenham papéis ecológicos relevantes e apresentam morfologias e hábitos de vida muito diversificados. Para a elaboração da primeira Lista Vermelha foram selecionadas cerca de 700 espécies de várias ordens de insetos, sobretudo espécies endémicas, raras ou com requisitos ecológicos muito específicos e as espécies protegidas pela Diretiva Habitats.

Ordem Coleoptera | Escaravelhos
Ordem Coleoptera | Escaravelhos
Ordem Dermaptera | Bichas-cadela
Ordem Dermaptera | Bichas-cadela
Ordem Diptera | Moscas
Ordem Diptera | Moscas
Ordem Hemiptera | Cigarras e percevejos
Ordem Hemiptera | Cigarras e percevejos
Ordem Hymenoptera | 
Formigas e abelhas
Ordem Hymenoptera | Formigas e abelhas
Ordem Lepidoptera | 
Borboletas
Ordem Lepidoptera | Borboletas
Ordem Mantodea | 
Louva-a-Deus
Ordem Mantodea | Louva-a-Deus
Ordem Mecoptera | 
Moscas-escorpião
Ordem Mecoptera | Moscas-escorpião
Ordem Microcoryphia
Ordem Microcoryphia
Ordem Neuroptera | 
Formigas-leão, crisopas e libelóides
Ordem Neuroptera | Formigas-leão, crisopas e libelóides
Ordem Odonata | 
Libélulas e libelinhas
Ordem Odonata | Libélulas e libelinhas
Ordem Orthoptera | 
Gafanhotos, grilos e saltões
Ordem Orthoptera | Gafanhotos, grilos e saltões
Ordem Phasmida | 
Bicho-pau
Ordem Phasmida | Bicho-pau
Ordem Zygentoma | Bichos-da-prata

Projeto Lista Vermelha de Invertebrados
FCiências.ID – Associação para a Investigação e Desenvolvimento de Ciências
Campo Grande, edifício C1, 3.º piso, 1749-016 Lisboa, Portugal
Email: lv.invertebrados@gmail.com

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